quinta-feira, abril 25, 2024
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Conheça a história da mafrense que descobriu ter câncer de mama logo após perder o marido para a Covid-19

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Em 2021 Maria Raquel Taucheck, de 58 anos, perdeu o marido para a Covid-19, descobriu ter câncer de mama mesmo sem ter nenhum sintoma e venceu a doença. Conheça a sua história de superação!

Outubro Rosa é a campanha mundialmente conhecida por alertar para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero. Neste ano o mês já passou, mas a conscientização sobre o acompanhamento da saúde deve ser permanente já que o diagnóstico precoce salva – um exemplo é a mafrense Maria Raquel Taucheck, que venceu a doença recentemente após descobri-la sem ter nenhum sintoma.

Maria tem 58 anos, três filhas e é dona de casa. Seu marido, Reginaldo Taucheck, foi uma vítima da Covid-19 e perdeu a luta para a doença em janeiro deste ano. Em abril, sem ter nem nenhum sintoma, ela foi fazer exames de rotina. Na mamografia, tudo normal, mas no ultrassom apareceu um nódulo, e após a biópsia o resultado foi infiltrante.

Em menos de um mês ela já operou o câncer na mama direita e cerca de 45 dias depois começou a quimioterapia, pela qual passou por quatro vezes. Depois dela, radioterapia e agora um medicamento diário por 5 anos para evitar o retorno do nódulo.

“Uma das causas que pode ter desencadeado o tumor, segundo o médico, foi pelo emocional, pois perdi meu marido em janeiro para a Covid-19. Fiz o tratamento, mas nunca me senti doente, falava sobre o assunto normalmente acreditando na cura. Quem descobre o câncer precisa manter a fé e ter calma, esperança da cura, e não ter medo do tratamento. Aceitando o problema a sua imunidade fica boa e você não fica debilitada”, afirmou ela à reportagem da Tribuna da Fronteira, com quem aceitou dividir a sua história.

“Procurem sempre fazer exame preventivo, pois tudo no início é mais fácil de tratar. Um alerta para o SUS: ao invés de fazer apenas a mamografia é muito importante fazer o ultrassom, pois foi através desse exame que descobri rápido o câncer”, recomenda Maria.

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Vitória

Maria também conta como foi a sua emoção ao “tocar o sino”, ação comum para quem vence a luta contra o câncer. “Quando terminei as quimioterapias bati o sino e foi muito emocionante, e quando terminei as radioterapias também bati o sino e é uma alegria imensa esse ato que eles fazem. Fiquei muito emocionada quando cheguei em casa porque encontrei minhas filhas, netos e genro com uma recepção surpresa de boas-vindas e de vitória, não tem como não se emocionar em poder estar em casa com quem amo”, conta.

O tratamento

Maria Raquel Taucheck conta que logo após o diagnóstico fez exames complementares de sangue e ressonância para fazer a cirurgia de retirada do tumor. “Recebi a notícia do câncer, mas encarei bem pois já tinha ouvido médicos falarem que quando no início ele tem cura, então sempre acreditei na cura e não duvidei disso. O tumor era pequeno e não apresentou comprometimento dos gânglios linfáticos e no prazo de 1 mês já estava operada”, diz

“Na cirurgia retirei o quadrante, depois de 15 dias veio o resultado da biópsia da cirurgia e o tumor mesmo já retirado cresceu. Então o médico solicitou quatro quimioterapias com intervalo de 21 dias entre elas. Não tive reações fortes com a quimio, só no terceiro dia após fazer tinha dores no corpo e precisava ficar deitada, tomava muita água… ficava com esses sintomas por uns 2 dias”, relata.

Com a quimioterapia, veio a perda dos cabelos. Mas Maria garante que não se abalou: já na primeira sessão decidiu raspá-los e afirma que se sentiu bem. “Comprei peruca e lenço, mas usei muito pouco, só quando estava mais frio, senão assumi que estava careca. Agora meus cabelos já estão crescendo”, destaca.

A mulher conta que após as quimioterapias voltou no médico, fez exames e foi solicitada uma avaliação para a radioterapia como tratamento preventivo, por não ter sido retirada a mama. “Então fui para a avaliação, fiz 15 radioterapias e não tive nenhuma reação. Durante o tratamento minha imunidade sempre permaneceu boa, perdi apenas 500 gramas durante todo ele. Agora tomo um medicamento diário por 5 anos”, diz.

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Equipe médica

Maria Raquel Taucheck fez todo o tratamento pelo seu plano de saúde, Unimed. “Consultei com o Dr Guilherme Ocker e tendo o ultrassom o Dr já me encaminhou para o Dr Francisco Zoccola, que fez minha cirurgia em Mafra, e na sua equipe consultei com o Dr Fabrício que é o médico responsável pela quimioterapia. Fiz esses procedimentos no núcleo de oncologia catarinense em Mafra, e a radioterapias fiz em Joinville, no Hospital da Unimed, com a Dra Natasha”, conta.

 

Por Diovana Sartori e Millena Sartori/Tribuna da Fronteira

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