O traçado do mapa do Monitor de Secas confirma o que já indicava a última edição do Boletim Hidrometeorológico Integrado: em fevereiro, a estiagem em Santa Catarina ficou mais intensa em comparação a janeiro. Segundo a síntese divulgada nesta sexta-feira, 18, houve o avanço da seca moderada (S1) e grave (S2) no leste do estado e da seca extrema (S3) no Oeste, em virtude das chuvas abaixo do esperado nos últimos meses.
Os impactos da estiagem, a partir da metodologia do Monitor de Secas, são de curto prazo (C) no Leste; e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas catarinenses. Os dados divulgados também demonstram que a estiagem se intensificou nos demais estados da região Sul. Houve o avanço da seca extrema (S3) no Norte e Oeste do Rio Grande do Sul e no Sul do Paraná.
O secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, lembra que a estiagem tem atingido várias unidades federativas em intensidade diferente. “O Governo de Santa Catarina tem agido para amenizar os impactos da falta de chuva, especialmente no Oeste e Extremo Oeste. É importante salientar a peculiaridade do período que estamos vivendo, com uma estiagem que se prolonga por anos. O Monitor de Secas consegue registrar isso para ações imediatas e, também, em longo prazo”, comenta.
Metodologia
De acordo com os critérios do monitoramento, a seca moderada é aquela que tem como impactos possíveis alguns danos às culturas agrícolas ou pastagens, córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, ocorrência de algumas faltas de água ou falta iminente. A seca grave envolve perdas prováveis nas culturas agrícolas ou pastagens, a escassez de água é comum e podem ser impostas restrições ao uso. A seca extrema tem como impactos prováveis grandes perdas de culturas ou pastagens, escassez generalizada ou restrições na disponibilidade de água.
O projeto
O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca, cujos resultados consolidados são divulgados por meio do Mapa do Monitor de Secas. Mensalmente, informações sobre a situação de secas são disponibilizadas até o mês anterior, com indicadores que refletem os efeitos em curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e em longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região.
Em âmbito nacional, o projeto é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Várias entidades colaboram na elaboração e validação dos dados. Em Santa Catarina, o trabalho é desenvolvido pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).
Por Assessoria de Comunicação