terça-feira, maio 14, 2024
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Criadouro Onça Pintada – Conheça o local a 130 km de RioMafra que possui 2.500 animais

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Dentre as 190 espécies mantidas no espaço de mais mais de um milhão e trezentos mil m², ao menos 22 são classificadas como ameaçadas de extinção

Na última semana o Criadouro Onça Pintada recebeu o Selo Amigo da Fauna, um reconhecimento do Governo doParaná ao trabalho desenvolvido em prol da conservação da biodiversidade e no cuidado com os animais silvestres. Mas você conhece esse local?

Localizado a cerca de 130 km de RioMafra, em Campina Grande do Sul (região metropolitana de Curitiba), o Criadouro Onça Pintada possui uma área de 132 hectares – ou seja, 1.320.000 m² – monitorada 24 horas por dia por câmeras de segurança.

Atualmente ele abriga cerca de 2.500 animais de 180 espécies, sendo que pelo menos 22 estão ameaçadas de extinção – como o cachorro-vinagre, por exemplo, para o qual criadouro está adquirindo uma fêmea da França para reproduzir com o macho mantido no local. Também faz parte do espaço um viveiro de Ariranha, o único do Brasil atualmente, e instalações de hospedagem para Ecovoluntários.

“Algumas espécies são ameaçadas de extinção a nível nacional, como mico-leão-da-cara-dourada, mico-leão-preto, jacutinga, entre outras. Nos últimos anos, temos trabalhado muito em parceria com o Governo do Estado, pelo IAT, em um programa de reintrodução de espécies em parques estaduais”, destaca o proprietário do local, o médico Luciano Saboia.

Ele cita o trabalho desenvolvido hoje no Parque Estadual das Lauráceas, em Piraquara, com a soltura de 130 queixadas e catetos, espécies ameaçadas no Estado do Paraná. Essa soltura envolveu um amplo trabalho de preparação dos animais, especialmente com relação à saúde deles, e segue com monitoramento para estudar a adaptação no novo habitat. “Nunca tínhamos visto onça no Parque e agora isso já é possível. É um trabalho fantástico”, afirma Saboia.

História do Criadouro Onça Pintada

Em janeiro de 1995 uma área rural originalmente usada para pecuária com 60 hectares foi adquirida repleta de problemas de erosão. Após ser recuperada, passou a receber um lento retorno dos animais silvestres.

Em 2002, 12 cotias provenientes do Museu de Historia Natural do Capão da Imbuia foram enviadas ao local, como parte de um programa de repovoamento dos bosques protegidos com esta espécie.

Em 2003 foi emitida a Licença de Operação de um Criadouro Conservacionista pelo Ibama, com a primeira Onça Pintada (chamado Juca), de um zoológico público fechado. Depois dele vieram muitos animais de outras espécies, na maioria proveniente do tráfico, posse ilegal ou resgate de Fauna.

Desde então, o criadouro tem crescido continuamente e em 2009 foi criada a Associação de Pesquisa e Conservação da Vida Silvestre, que gere o local.

Por Millena Sartori/Tribuna da Fronteira com AEN

 

 

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