O pai, PRF da turma de 1975, tem três filhos PRFs: dois formados em 1994 e o caçula, recém-formado em 2020
O ano era 1975. O PRF Tonon, ou Inspetor Tonon, apresentava-se ao antigo DNER, após receber um telegrama, convocando-o para se apresentar na Delegacia da PRF em Ponta Grossa e iniciar, assim, sua história na Polícia Rodoviária Federal.
Já aposentado, o ainda jovem senhor se lembra que se inscreveu no concurso de Patrulheiro Rodoviário Federal, através de um anúncio no Jornal Gazeta do Povo do Paraná. Lembra-se também das mudanças que a PRF passou, ressaltando que pertencer a um órgão federal o levava a enfrentar qualquer problema. Com quatro filhos, três homens e uma mulher, fez o convite a todos, mas apenas “seus garotos” ingressaram na “gloriosa”. A mulher, seguiu caminho na medicina.
“Hoje posso dizer que estou realizado. Graças a gloriosa Polícia Rodoviária Federal, cumpri meu dever compartilhando com diversos colegas que hoje são os meus melhores amigos. Obrigado PRF”, finalizou o jovem Senhor.
Nos dias atuais, os filhos Paul, Giuliano e Tonon II, compartilham com o pai o orgulho de serem PRFs.
Paul, o primeiro filho, também já aposentado, disse que cresceu vivenciando as histórias contadas por seu pai, como as atividades realizadas, as amizades adquiridas, as alegrias e as tristezas da profissão, além do sacrifício de estar ausente em atividades familiares em razão da escala.
Oriundo da turma de 1994, ele se lembra com felicidade e carinho das confraternizações do Dia do Patrulheiro, em que acompanhava seu pai.
“Sempre foi um sonho dele que fôssemos, como dizia na época dele, “Patrulheiros Rodoviários Federais”, e hoje está realizado em poder dizer que tem três filhos Policiais Rodoviários Federais”, disse ele.
Giuliano, o segundo filho, ainda na ativa, também ingressou na PRF em 1994, junto com seu irmão. Ele conta que não tinha muita vontade em se tornar policial, mas como a lanchonete da família serviu de posto de inscrição para o concurso, resolveu se inscrever e foi aprovado.
Seu início foi na BR-116, conhecida antigamente como “corredor da morte”, na região metropolitana de Curitiba (PR). Só em 2005 ele conseguiu sua transferência para a Delegacia de Ponta Grossa, origem do seu pai e do irmão mais velho. Em 2019, já poderia solicitar sua aposentadoria, mas continuou, pois não estava preparado para parar tudo de repente.
“Agora com a entrada do irmão mais novo, espero um dia trabalharmos juntos em alguma operação”, deseja Giuliano.
Tonon II, o caçula, recém-formado no Curso de Formação da PRF, tem pouco de tempo de policial, mas muita experiência “de casa”. Ele se recorda, de quando criança, de usar o quepe branco de seu pai, ou então buscar ou levar seu pai pegar carona pra ir ou voltar do plantão, das visitas ao antigo DNER, de ver as viaturas, o “fusca”, a “quantum”, ligar a sirene, o giroflex, falar no rádio, subir nas famosas amazonas (motocicletas de fabricação brasileira, da década de 1970), visitar os postos, entre outras “aventuras”.
Ele termina dizendo que “Sempre ouvi do meu pai as histórias de trabalho, ou então na roda de chimarrão com meus irmãos, falando dos plantões, das apreensões, imaginando um dia fazer o mesmo e também como seria trabalhar junto”. Ele está lotado atualmente no estado do Mato Grosso.
Para o Chefe da Delegacia PRF em Ponta Grossa, Aurélio Santos, “é um orgulho acompanhar a trajetória desta família, que convivemos no trabalho diuturno. São valores preciosos passados de geração para geração, onde se observa principalmente o amor pela profissão que se traduz numa forte vocação para o cargo de PRF”.
Por Agência PRF