domingo, março 23, 2025
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Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro é preso em operação sobre corrupção

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A operação identificou possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso na manhã de hoje (22) na operação “Acesso Pago” da Polícia Federal (PF), que, segundo a corporação, é destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.

A prisão do ex-ministro foi revelada pela imprensa nacional, como G1, CNN e InfoMoney, já que o comunicado divulgado pela Polícia Federal destaca que a investigação corre sob sigilo.

Milton foi ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro de julho de 2020 a março deste ano – e deixou o cargo após a Polícia Federal ter aberto o inquérito contra ele.

A investigação foi aberta após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação.

Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Milton Ribeiro, diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados a dois pastores.

Operação

A operação que envolve o ministro foi deflagrada nesta quarta-feira (22) e envolve casos de corrupção. Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.

As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outas medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.

O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).

 

Da Redação/Tribuna da Fronteira

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