Uma reunião realizada na sede Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC), nesta quarta-feira, 28, debateu o projeto para a construção de uma constelação de nanossatélites brasileiros, que serão desenvolvidos e construídos com o potencial tecnológico catarinense. Os equipamentos poderão ser utilizados nas áreas de proteção e defesa civil, meio ambiente, meteorologia e agricultura.
A iniciativa reuniu representantes da DCSC, Agência Espacial Brasileira (AEB), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) Comissão Parlamentar Aeroespacial e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Durante o encontro, o projeto de nanossatélites recebeu o nome de Constelação Catarina. Ficou definido que o equipamento piloto deve ser lançado em 2021. Para a primeira etapa do projeto, que deve ser realizada até 2024, estão previstas a construção e lançamento de outros 12 satélites.
“São satélites de baixo custo mas que incorporam grande tecnologia”, comentou o diretor de governança da AEB, Cristiano Augusto Trein. Segundo ele, além de trazer benefícios para sociedade com o fornecimento dos mais diferentes dados também vai gerar empregos.
“O Setor Espacial é uma infraestrutura para o país que atende diversos setores econômicos como educação e saúde. Aqui em Santa Catarina temos o desafio dos eventos climáticos e se a Defesa Civil não estiver preparada a população sofre com as conseqüências e dificuldade de resposta”, disse o presidente da AEB, Carlos Moura. Ele completou explicando que a proposta é melhorar a coleta de informações, desenvolver novas aplicações e transformar o Estado em um novo polo aeroespacial brasileiro.
O chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, Aldo Baptista Neto, reforçou que o projeto vai fornecer produtos fundamentais que vão melhorar e ampliar ainda mais a capacidade de interpretação de dados para a identificação de eventos meteorológicos. “O nosso estado possui uma exposição a desastres naturais e aprendeu com isso. Sabemos que o Brasil evoluiu e em Santa Catarina não foi diferente. Conhecemos nossas vulnerabilidades e investimos para reduzir os prejuízos e garantir a segurança dos cidadãos e turistas.”
Por Assessoria de Comunicação