terça-feira, dezembro 10, 2024
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5 respostas para dúvidas sobre ensino híbrido

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O que é, quais as principais características e como garantir uma aprendizagem de qualidade a partir desse modelo de ensino?

Transmissões ao vivo, ensino remoto ou ensino presencial são recursos e modos de aprendizagem que passaram a fazer parte da vida dos alunos e também dos pais, em 2020. Agora, o termo que mais se ouve é ensino híbrido. Esse é o caminho que vem sendo trilhado pelas escolas para dar conta do desafio do retorno presencial em plena pandemia. O modelo híbrido não é uma alternativa nova, já existe há tempos, mas ganhou força diante do atual cenário. Como o próprio nome sugere, trata-se de uma proposta que mescla diferentes formatos de aprendizagem, como os mais tradicionais – leituras de texto e aulas expositivas, alguns mais inovadores – discussões coletivas e pesquisas práticas – e ainda modelos que inserem recursos digitais junto ao ensino offline.

Entender todos esses conceitos e quais garantias isso tudo traz para o processo de aprendizagem pode ser um pouco complicado. Para ajudar as pessoas a entenderem melhor como funciona o ensino híbrido, o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Robson Ghedini, esclarece as principais dúvidas com perguntas e respostas sobre o tema.

1) O que é o ensino híbrido e quais as principais características dessa modalidade?

Quando se pensa na proposta de um ensino híbrido, observa-se na prática que é um modelo educacional que caracteriza-se por misturar dois modos de aprendizagem: on-line e off-line. “O ensino híbrido busca mesclar a aprendizagem no ambiente virtual, momento este em que o aluno estuda sozinho, com o presencial, no qual é valorizada a interação entre os pares e entre aluno e professor. É fundamental que os dois momentos sejam complementares. Dessa forma, poderão promover uma educação mais dinâmica e personalizada. O tempo da aula é otimizado pelas metodologias ativas que são utilizadas em sua prática. Existem três grandes desafios para se praticar o ensino híbrido de forma efetiva: formação docente, infraestrutura educacional e acesso a tecnologia”, explica o coordenador.

2) Como deve ser a atuação do professor no ensino híbrido?

Segundo Ghedini, o professor deve ser um mediador que se utiliza de metodologias ativas para permitir ao aluno ser protagonista de sua formação. Por meio de desafios, propostas complementares e sequências didáticas se media o processo de aprendizagem, sempre respeitando tempos e ritmos de cada aluno. “O educador que atua desta forma deve estar buscando constante aprimoramento quanto ao uso de novas tecnologias e práticas educativas de metodologias ativas de ensino”.

3) Mesclar o ensino presencial com o remoto é praticar o ensino híbrido?

De acordo com Ghedini, para ser considerado ensino híbrido, é preciso que o trabalho realizado no presencial e no remoto dialoguem, não basta apenas aplicar as duas modalidades sem uma coordenação entre elas. “É preciso ter um planejamento estratégico e garantir o cumprimento de características tais como as já mencionadas, em que o processo de  aprendizagem do aluno se divide em uma parte com ensino on-line, em que o estudante controla o tempo, lugar, e ritmo  de estudo e outra parte do aprendizado se dá de forma presencial, física e sob a mediação de um professor. Neste momento de pandemia, o que será mais comum é essa mesclagem de atividades em sala e em casa. Quando a situação se normalizar, as escolas e professores já terão condições de trabalhar o ensino híbrido de todas as formas e possibilidades que ele permite”, esclarece.

4) Transmitir as aulas que estão sendo dadas em sala de aula para os alunos que estão em casa é praticar o ensino híbrido?

Existem várias formas de se praticar o ensino híbrido. Para o coordenador pedagógico, o momento agora é de observação e reflexão para entender o que atende a realidade de cada escola. “O ensino tradicional foi extremamente impactado no início da pandemia.  O objetivo inicial era levar as aulas de maneira remota às casas e isso foi feito de diversas maneiras, usando tanto recursos tecnológicos como físicos. Mas quando se trata de usar o ensino híbrido na escola, deve-se atentar para o uso de metodologias ativas e aplicá-las a cada contexto escolar. Para tanto, faz-se necessário elaborar um planejamento prévio para as diversas mudanças estruturais, como: infraestrutura educacional, a formação docente, currículo, práticas de sala de aula, modos de avaliação, entre outros. Exemplos destas metodologias ativas são a aprendizagem baseada em projetos e em problemas, sala de aula invertida, rotação de laboratório, rotações por estações e rotação individual, além da gamificação. Apenas transmitir aulas, sem ter toda a conexão necessária para a prática educacional, conectada a objetivos claros e definidos, não representa ensino híbrido, mas uma forma de dar acesso remoto ao conteúdo presencial exposto”, esclarece.

5) Quais as transformações que o ensino híbrido traz para a Educação?

Para Ghedini, o futuro da Educação deve caminhar cada vez mais na direção de modelos híbridos, mais flexíveis e adaptáveis. “A pandemia apenas acelerou um processo que já estava em curso. As mudanças que vimos acontecer no último ano e que ainda veremos vão alterar significativamente a relação entre aluno e professor. Já se falava bastante na necessidade do aluno se tornar protagonista do processo de obtenção do conhecimento, uma vez que ele deve assumir que parte da aprendizagem se dá na trajetória individual de cada um e na relação que ele desenvolve com o todo, a partir de sua própria visão de mundo. Sendo assim, o professor assume o papel de mediador do aprendizado, estimulando o desenvolvimento de habilidades que possam guiar os estudantes na construção do conhecimento. Para que todo esse processo seja bem sucedido, o ensino híbrido deve se estruturar com base em propostas interdisciplinares, metodologias ativas e na presença das ferramentas tecnológicas”, conclui.

Da assessoria

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